O próximo vídeo ajuda a perceber quão grande era a adoração dos franceses pelo músico de jazz norte-americano Sidney Bechet. Prova que não só este adoptou França como pátria como também o país adoptou o artista como seu.
Patricia Kaas no início da sua carreira discográfica.
A l'enterrement d'Sidney Bechet
Y avait des flûtes des clarinettes
So long Big Man.
A l'enterrement d'Sidney Bechet
Y'avait des putes et des poètes
Et des barmans.
A l'enterrement d'Sidney Bechet
Y'avait Boris et sa trompette.
A l'enterrement d'Sidney Bechet
On jouait du Jazz rue de la Huchette.
A l'enterrement d'Sidney Bechet
Y'avait des petites fleurs des pâquerettes
So long Big Man.
A l'enterrement d'Sidney Bechet
Personne n'est venu faire la quête
Pas vous m'ssieurs dames.
...
Dans un club de la New Orléans
Au paradis des musiciens
Il a sûrement une place assise
Dans un orchestre qui se souvient.
...
Sidney Bechet (Nova Orleães 1897 - Garches 1959) foi desde muito novo um destacado instrumentista tendo aprendido a tocar quase todos os instrumentos de jazz, em especial, o clarinete.
A sua maneira de usar a vocação decorativa do clarinete lançou-o para as melhores bandas de Nova Orleães quando ainda era criança. Mas foi na Europa, onde andou em tourné na orquestra de Will Marion Cook, em 1919, que foi recebido com maior entusiasmo ao passo que nos EUA passava despercebido mesmo após o seu regresso e o seu lançamento discográfico.
Enquanto esteve no estrangeiro, encontrou aquele que passaria a ser o seu principal instrumento, o saxofone soprano.
Passados alguns períodos mais ou menos felizes ou conturbados da sua carreira, acabou por adoptar França como residência permanente (1949) e tornou-se aí uma celebridade e um herói nacional.
"Summertime" foi um grande sucesso gravado em 1938.
Joel Xavier é considerado um dos mais prestigiados guitarristas mundiais. Com apenas 19 anos venceu o Concurso Internacional de Guitarra da National Association of Music Merchants em Los Angeles e foi considerado um dos cinco melhores guitarristas do ano nos EUA.
Agora que este artista tem 35 anos, o seu novo disco, Saravá, é um trabalho de fusão entre o jazz e os ritmos afro-brasileiros gravado ao vivo no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa.
Bessie Smith (Chattanooga, Tennessee 1894 - Clarksdale, Mississippi 1937) será para sempre a denominada imperatriz do blues. Foi "descoberta" e apoiada pela cantora de blues Ma Rainey, que se tornou na sua mentora até Bessie sobressair mais do que a "professora". A Columbia contratou-a e lançou o seu primeiro disco, em 1923, com Clarence Williams no piano. Foi somando êxitos e ganhando fama e dinheiro até que a Depressão, a mudança de gostos do público e o álcool ditaram o fim da sua carreira discográfica nesta editora. Em 1937, quando estava prestes a fazer o seu comeback, então, como cantora de swing, Bessie Smith morreu esvaída em sangue no hospital para onde a trouxeram depois do acidente de viação que a vitimou. Em 1929, tinha entrado no filme St. Louis Blues, não havendo nenhum outro registo fílmico com ela. Em compensação, deixou-nos 160 discos, em que acompanhou alguns dos maiores solistas de jazz - entre outros, Louis Armstrong, Fletcher Henderson e James P. Johnson.
There's a saying going 'round and I begin to think it's true
It's awful hard to love someone, when they don't care 'bout you
Once I had a lovin' man, as good as many in this town
But now I'm sad and lonely, for he's gone and turned me down, now
I ain't got nobody and nobody cares for me
I got the blues, the weary blues
And I'm sad and lonely, won't somebody come and take a chance with me?
I'll sing sweet love songs honey, all the time
If you'll come and be my sweet baby mine
'Cause I ain't got nobody, and nobody cares for me
Segundo o que está no youtube, este é o estilo original do par Al Minns & Leon James dançando o Charleston. Foi filmado durante a década de 50 no Savoy Ballroom em Harlem.
Charleston é o nome de uma composição do jazzista James Price Johnson incluída na peça de teatro da mesma autoria chamada Runnin' Wild (1923). O seu sucesso na Broadway foi tal que lançou a moda desta dança em todo o mundo. Eram os loucos anos 20. Ah, como eu gostava de os ter vivido pelo menos um bocadinho! Que alegria! Vejam e aprendam os passos no próximo video e divirtam-se. Vamos dançar o Charleston!
Para demonstrar que Buddy Bolden foi realmente importante na origem do jazz, Duke Ellington e Billy Strayhorn compuseram este tema em sua homenagem. A interpretação é de Nina Simone, que eleva a canção ao céu como sempre.
Buddy Bolden tune up
Blowing horn was his game
Born with a silver trumpet in his mouth
He played the horn before he talked
Born on the after beat
He patted his foot before walked
When Buddy Bolden tuned up you could hear him clean
Clean across the river clean across the river
He woke up the working people and kept the easy living
Call on Buddy Bolden call him Buddy Bolden
Ella Fitzgerald queria ser dançarina antes de cantar. Quando era pequena, juntava-se na rua aos miúdos que faziam performances de forma a ser-lhes lançada alguma moeda pelos transeuntes de Yonkers (primeira cidade a Norte de Nova Iorque onde Ella cresceu). Ella imitava o artista que a fascinava na época cuja dança excêntrica se tornou muito popular sobretudo em Harlem nos anos 30. O nome dele é Snake Hips Tucker e era com o dinheiro que ganhava imitando-o que Ella pagava a entrada nas salas onde passavam os grandes espectáculos.