Quinta-feira, 14 de Fevereiro de 2008
Ontem antes de entrar em casa à noite, depois do trabalho, fui ao café comprar aquele pão de Mafra delicioso e quentinho que lá vendem e que é tão bom com manteiga assim que chego a casa.
Mais uma vez, era o último. Àquela hora a que costumo ir (21h), é impossível saber se ainda há ou não há pão. Quando entrei no estabelecimento, vinha um polícia a sair com o penúltimo pão de Mafra consigo. No balcão estava outro polícia a preparar-se para sair também. Eu disse "Boa noite!" e este respondeu da mesma maneira.
Mal me aproximei do balcão senti que algo não estava como devia ser. Reparei, então, que estava um pequeno cinzeiro em cima com uma beata apagada lá dentro. Tirei logo as minhas conclusões. Mas, só para ter a certeza, confirmei à saída o que já esperava. Na montra, está bem visível o sinal de proibição de fumar decorrente da lei que entrou em vigor no dia um de Janeiro de 2008.
Não vi ninguém a fumar mas os indícios estavam lá e não estou a ver o empregado do café a deixar outra pessoa violar a lei senão a polícia, da qual deve recear qualquer coisa...
Estou muito indignado e cada vez mais perto de ser anarquista. Com os exemplos que as autoridades dão, quem é que as pode respeitar? Como é que é possível que, numa sociedade de direito, livre e igualitária, ainda haja quem julgue que está acima da lei? E que as autoridades ainda despertem o medo ou a complacência em certas pessoas ao ponto de estas serem cúmplices no incumprimento da lei? Tenham todos vergonha!


publicado por garçon às 15:46 | link do post | comentar | favorito

2 comentários:
De Mr Fights a 14 de Fevereiro de 2008 às 21:07
A ser verdade é de facto vergonhoso.

Mas... não viste nem ninguém te confirmou verbalmente pois não?


De rifa a 15 de Fevereiro de 2008 às 13:04
mr fights: não vi nem confirmei.
MAS: A lei foi violada! As provas estavam mesmo em frente dos polícias. Logo, como o ambiente era de boa disposição não parecendo que alguém tivesse sido autuado (o dever dos polícias perante as evidências era autuar o estabelecimento, não era?), só podem ter sido eles os infractores. Não é assim, meu caro Watson?


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