Os Homens Preferem as Louras, de Howard Hawks com Jane Russell e Marilyn Monroe nos principais papéis, é uma comédia musical de 1953 daquelas antigas que me fascinam como o circo fascina outras crianças (a mim o circo nunca me impressionou muito por aí além; sempre gostei mais de magia ;) . Gostei muito do filme porque, como quase todos os musicais clássicos, tem um guião extraordinário com diálogos tão cómicos como inteligentes e músicas coreografadas de forma muito divertida. Estes momentos cantados pelos protagonistas, aos quais às vezes se juntam outros para fazer coro, em danças bem orquestradas, dinâmicas e interactivas, sempre me fazem sentir dentro de uma festa. Musicais assim são dedicados à alegria. E a história é do mais simples que pode haver. Uma loira e uma morena, amigas e colegas em palco, vêm de origens modestas e ambicionam um homem rico e um amor verdadeiro, respectivamente. Durante um cruzeiro para a Europa, a morena Dorothy Shaw (Russell) fica incumbida pelo noivo da loira Lorelei Lee (Monroe) de a vigiar de modo a evitar que ela arraste a asa para outro homem rico. O resto são situações muito engraçadas que acontecem ao longo da viagem. Gentlemen Prefer Blondes é um filme com imenso sex appeal. Se não fosse cómico, teria sido, de certeza, censurado. Classificado, no mínimo, como erótico. Parecendo não bastar que as miúdas fossem desmesuradamente sensuais enquanto vestidas, qualquer oportunidade de as mostrar com menos roupa foi bem aproveitada. O argumento também está cheio de conotações libidinosas e uma canção é capaz de pregar o amor ao mesmo tempo que exibe os corpos da equipa olímpica americana (ver video).
Destaco a cena hilariante, de rir como rirei sempre até quando for velho e o meu riso ridículo, de Lorelei presa numa escotilha e salva pelo menino esperto que lhe pôs um xaile ao pescoço quando apareceu o Senhor dos diamantes. Também é muito eficaz a forma de dar o mote logo no início, quando Lorelei diz que viu, enquanto apresentava o número de dança, uma caixa de jóia dentro do bolso do seu pretendente entre a plateia. Outra coisa que apreciei, foi o facto de ser um filme despretensioso a nível moral, ou talvez não, pois, se por um lado, a loira tem uma paixão sincera por dinheiro sem enganar ninguém, por outro, ela própria (que até era mais inteligente do que se dizia) dá uma luvada de categoria aos falsos moralistas. Diz ela: - Don't you know that a man being rich is like a girl being pretty? You wouldn't marry a girl just because she's pretty, but my goodness, doesn't it help? (- Não vê que um homem rico é como uma mulher bonita? Não casaria com uma mulher só por ser bonita, mas pelo amor de Deus, não ajuda?) Faz pensar um bocadinho. Afinal, uma comédia não tem apenas que entreter, tem?
ehehehe o que mais lembro desse filme é quando a Jane Russell diz par aa Marylin como é que ela consegue ver o que quer que seja par aa plateia com os focos nos olhos, quando ela diz que pode dizer mal da marilyn porque são amigas e quando a marylin diz ao api do noivo que se ele fosse pai de uma rapariga também quereria que ela fizesse um bom casamento! lol
vê se apareces no ciclo de cinema hoje. o filme é excelente. vê no fruta abraço