Sexta-feira, 30 de Novembro de 2007
...dizer qual é o verbo que designa uma cisão, da mesma família de palavras desta?


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Quinta-feira, 29 de Novembro de 2007
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O nascer-da-lua também é bonito, não pense o Sol que lá por ser rei tenha a exclusividade.

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Segunda-feira, 26 de Novembro de 2007
Conta Como Podia Ser a tua noite de Consoada da maneira que mais gostavas que fosse. Pode já ser boa. Mas imagina melhor. Ou então, cria uma Consoada qualquer para quem quiseres. Envia o teu texto ou textos para rifavencedora@gmail.com até ao dia 15 de Dezembro e os mais originais serão publicados no Sai Sempre. Depois é só votares no melhor. Atreve-te! Conta Como Podia Ser.

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IRIS OUT:

No domingo em que faltava um mês para o Natal, houve uma grande discussão em família. Eu e o Rui fomos almoçar aos meus pais e a minha irmã, o meu cunhado e a minha afilhada também foram. Estávamos todos à mesa e o meu pai, enquanto esticava o braço por cima da travessa para apanhar o galheteiro do outro lado, perguntou:
-Então, como é que vai ser o Natal este ano?
Eu olhei para o Rui e ele olhou para mim quase ao mesmo tempo e percebi logo que ele não voltava atrás na convicção de passar a Consoada junto dos pais dele. Já tínhamos falado sobre isso em casa e ele argumentou que no ano anterior a noite foi passada com a minha família, logo, desta vez era justo que fosse com a dele. A minha irmã foi a primeira a dizer alguma coisa:
-Eu e o Francisco gostávamos que fosse lá em casa este ano. As obras já estão quase terminadas e ainda vamos ter a sala praticamente toda livre antes de arrumarmos tudo. Assim aproveitamos melhor o espaço para pôr a mesa e a árvore de Natal pode ser maior.
A minha mãe gostou logo da ideia e disse que ia logo de manhãzinha para ajudar a ordenar tudo e a preparar os cozinhados. O meu pai olhou para mim e para o Rui com ar de inquisição mas sorriso malandro, pois, já sabia o que viria da nossa parte.
Mantive-me calado uns segundos para dar oportunidade ao Rui de falar, mas tive que ser eu a tomar a iniciativa. Ele não é capaz de contrariar os meus pais, que sempre foram tão bons para ele.
-Eu e o Rui já decidimos à partida que vamos ao Cartaxo.
A minha mãe, a pessoa mais expressiva na família, desferiu logo um Ooh! curto e grosso e exclamou:
-Não pode ser! Como é que tomam uma decisão sem falar primeiro com a gente? Não pode ser assim, nós queremos muito estar com vocês e não sermos sequer chamados ao assunto é mal feito!
Enquanto o meu cunhado explicava que já tinham planeado os lugares todos e que a sala ia ficar muito vazia e fria sem nós, o meu pai encheu de novo o copo de vinho do Rui. A minha mãe fiscalizou o gesto e olhou para mim como quem diz: "Olha que o teu pai ainda embebeda o teu homem mesmo sabendo que é ele que vai conduzir, parece que não o conheces."
O Rui parece ter percebido o mesmo que eu (deve ser dos anos de convívio com a minha mãe) e disse polidamente e a brincar:
-Sr.Carlos, já terminei, obrigado. Olhe que o seu filho está-me a controlar.
O meu pai riu-se à gargalhada e defendeu que na casa dele quem controlava era ele e a sua dona e que se ele quisesse beber, que bebesse.
Eu ri-me mas mais me apetecia responder-lhe torto. Era sempre a mesma coisa e o Rui nunca era capaz de dizer não até ao ponto de termos de fazer tempo para lhe passar as tonturas e ir para casa. Quem se ocupava dele depois era eu, claro.
A minha mãe aproveitou e bem:
-Então se a dona aqui também manda, mando que pares com isso e mando que estes dois rapazes venham passar o Natal aqui e não refilem - piscou-me o olho.
-Os meus pais vão ficar muito chateados se não estiver lá outra vez este ano - disse o Rui finalmente - Já no ano passado ficaram tristes mas compreenderam. Agora, querem que seja o Miguel a vir comigo ao Cartaxo, é à vez.
-Vão lá almoçar no dia seguinte - replicou a minha irmã, que parecia mais indignada agora pela justificação da recusa - eu até já falei com o Quim dos bolos para me preparar os bolos-rei e um Molotov e uma lampreia de ovos a contar convosco.
Aí, eu tive que dizer:
-Ah! Então não fomos os únicos a decidir antecipadamente!
-É diferente - reclamou a minha mãe.
-É diferente, porquê? - já não havia volta a dar, eu e a minha mãe entráramos numa das costumadas discussões teimosas que tínhamos quase sempre que estávamos juntos.
O meu Rui e o meu pai já não diziam nada e só se riam um para o outro, a gozar o prato, enquanto o meu cunhado acabava com a salada e a minha irmã remexia as azeitonas à procura de uma verde com pimento vermelho, as favoritas dela.
A minha sobrinha, sempre sossegada até aí, gritou:
-Ai Ai Ai, não consigo ouvir os bonecos - e levantou o som ao televisor. Foi quando demos conta de que ela ainda ali estava. E rimo-nos todos.
A minha mãe e a minha irmã foram à cozinha pôr a loiça suja e buscar a fruta e a sobremesa do meu cunhado, um pudim de ovos delicioso. Eu e o Rui desta vez não fizemos nada porque não tivemos tempo, com as andanças pelos bancos à procura do melhor spread.
Reuniram-se, então, as duas facções do costume, a das mulheres e a dos homens. O meu pai pediu à netinha que baixasse a televisão, agora que já não havia barulho. Depois disse, concordando:
-Acho que os compadres têm razão para se queixarem, afinal já há dois anos que não têm o filho com eles no Natal - de facto, há dois anos o Rui estava numa missão em Belgrado e não pôde voar por causa das tempestades de neve que encerraram todos os aeroportos dos Balcãs.
-Pois, só elas é que não percebem isso - murmurei eu desconsolado - vou ver se elas precisam de ajuda. Levantei-me, passei por trás do Rui e desapareci pela porta.
Antes de chegar à cozinha, ouvi a minha mãe dizer:
-Tudo bem, não me importo. Mas ai deles se não vierem na passagem de ano!
Ao que a mana respondeu:
-Vou avisar o Quim que é só para o réveillon, então. Ele pede sempre pra avisarmos o quanto antes por causa das encomendas dos ingredientes que são muitas e imprevisíveis nesta época.
Entrei com um sorriso de orelha a orelha.
-Então? Que temos hoje para nos adoçar a boca?
-Tu não mereces, ouviste! Vais-nos abandonar, desnaturado! - e deu-me um beijo. A minha irmã acaba sempre por aceitar bem as minhas escolhas.
Todos de volta à sala, o copo do Rui estava outra vez cheio mas eu nem me importei, preferindo saborear a vitória e o pudim descansado. A minha mãe também fez que não viu, mas eu sei que ela viu porque ela vê tudo.
Enquanto rapávamos o caramelo ao fundo das taças, cada um foi dizendo o que fazia para o almoço de Natal, já que não vínhamos à Consoada. Eu, como já sabem, é o tronco de Natal e não há melhor do que o meu. O Rui este ano quer experimentar fazer sonhos pela primeira vez. Fará logo uma grande porção de massa para que dê para as duas casas. Eu ajudá-lo-ei. A minha irmã e a minha mãe fazem as filhoses na véspera e o meu pai ocupa-se das fatias douradas, é ele o que come mais disso, mais ninguém aprecia muito. O meu cunhado prefere tratar dos salgados (rissóis, croquetes, pastéis de bacalhau, chamuças), que vai encomendar à Dona Amélia lá do trabalho, que os faz em casa e vende para fora, muito bons. Também é capaz de preparar umas tostinhas ou uns aperitivos de entrada com salsichinhas, tâmaras e presunto que ele gosta tanto (e nós também).
-Quem é que trata do velho este ano? - perguntou o meu pai referindo-se dissimuladamente ao Pai Natal para que a pequena Bia não percebesse (mais tarde, perguntaria no carro aos pais quem era o velho) - Sou sempre eu! - desabafou.
O meu cunhado ofereceu-se, depois de ter olhado para os outros homens e lembrado que só sobrava ele nessa noite.
Eu ofereci-me para ajudar a montar a àrvore de Natal no fim-de-semana seguinte, o que deixou as mulheres muito contentes (incluindo a Bia). E a mim também. Esta discussão ficou resolvida. A próxima será no Dia de Natal, à mesa, sobre a passagem de ano. Eu e o Rui já temos passagens e estadia para Paris, três noites com meia-pensão e passeio de barco no Sena. Vamos poder ver o fogo de artifício da Torre Eiffel da varanda do nosso quarto de hotel. Já sabíamos, mas combinámos previamente não revelar ainda nada, pois que duas discussões no mesmo dia é de mais.

IRIS IN:

END


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O domingo passado teve muito Sol e mar, um bonito passeio, scones e chá para o lanche e luzes de Natal na cidade (poucas e pobres este ano). Tudo partilhado entre amigos fez um belo dum domingo.
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publicado por garçon às 16:30 | link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

Domingo, 25 de Novembro de 2007
-Ali.id="BLOGGER_PHOTO_ID_5136585137382264626" />
-Aqui?id="BLOGGER_PHOTO_ID_5136585777332391746" />
-Sim... Aqui... Olha!id="BLOGGER_PHOTO_ID_5136587387945127778" />
-O que é que fazes aqui?id="BLOGGER_PHOTO_ID_5136586760879902546" />
-E tu? Porque é que não estás no teu lar?id="BLOGGER_PHOTO_ID_5136588397262442354" />
-O meu lar é o teu colo.id="BLOGGER_PHOTO_ID_5136589522543873922" />
-Rapaz, esquece a tua mágoa. Vem comigo, caminhar até à Lua.id="BLOGGER_PHOTO_ID_5136590471731646354" />


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Sexta-feira, 23 de Novembro de 2007
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Hoje vi A Estranha Em Mim, finalmente. Estava expectante em relação a este filme de Neil Jordan, por ele e pela actriz principal - Jodie Foster. É uma combinação perfeita. As minha expectativas foram superadas.
Neil Jordan revelou uma vez mais a mestria de colocar personagens numa constante luta contra os seus próprios valores vivendo situações extremas sempre guiadas pelo amor que move (e comove) tudo.
Foster confirmou-me que o seu papel de excelência é o de vítima frágil fazendo-se forte (basta recordar os melhores desempenhos, em Taxi Driver, Os Acusados, O Silêncio dos Inocentes, Nell e agora A Estranha Em Mim). Há qualquer coisa nela que puxa imediatamente para a compaixão e creio que ela conseguiria enganar toda a gente com o seu beicinho se quisesse. Os seus olhos de um azul imenso ajudam com certeza (que olhar tão aguado, tão magoado!).
Ela é capaz de fazer mil e uma expressões diferentes para o sofrimento que representa e nunca parece falso. É a actriz ideal para os realizadores de grandes planos, mais intimistas e interessados nos grandes conflitos que a alma tem (como é o caso e felicito os responsáveis pelo título português deste filme que é bem melhor do que The Brave One no que toca a exprimir essa guerra interior).

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A história não é original (faz lembrar Irréversible - agora sempre que eu passar num túnel a pé de noite em vez de me lembrar de um filme já me lembrarei de dois, que bom!) mas tem um argumento que vale por tudo. Erica (Foster) é agredida juntamente com o noivo e sobrevive, ao passo que ele não. Confrontada com a inércia das autoridades e dominada pela estranha que descobriu em si, decide preencher o vazio deixado pelo namorado com um desejo de vingança. Mas a Erica original continua presente e as duas debatem-se sobre o bem e o mal. Erica nunca mais será a mesma depois do que aconteceu. Contudo, no fim reencontra a linha que separa aquelas duas forças no tremor da sua mão.
Há durante o filme vários momentos de tensão e citações que podem fazer a diferença em cada um dos espectadores: "Há muitas formas de morrer. É preciso é descobrir uma maneira de viver. Isso é que é difícil", "Tenho saudades do que eu era quando estava com ele", "Nobody saw me... and I saw nobody" ou "I want my dog back", entre muitas outras. O assalto do início dá-nos logo um soco no estômago para ficarmos preparados para o que vem a seguir em termos de tensão. Esta vai sendo mantida em cada nova cena de violência redentora de Erica (por cada uma, um soco no nosso estômago) até chegar ao climax final do vai fazer, não deve fazer (remete-me para o final do filme Seven).

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O que cria a tensão neste filme não é a violência física, mas sim a violência psicológica que adivinhamos na mente de Erica contra ela própria, de tal forma que não a podemos julgar pelo que faz. Não é por acaso que se pode alegar distúrbios psicológicos para atenuar uma pena. É, digamos, mais compreensível o acto tresloucado por causa de algo que consensualmente enlouqueceria qualquer pessoa.
Além de tudo o que já referi, A Estranha Em Mim é um filme muito romântico, no sentido dos poetas, e isso vê-se na maneira como Erica e o detective Mercer - duas pessoas estranhas em si - desenvolvem uma relação de cumplicidade (que é isso senão amor) culminando no sacrifício de uma pela outra (mais uma vez, faço referência a um outro filme da minha eleição, aquele em que Hannibal Lecter corta a sua própria mão para não cortar a da sua amada Clarice - sublime!).
Sublime é também a sequência em que Erica é despida pelos médicos das urgências, logo após o ataque de que fora vítima, e pelo noivo numa cena amorosa passada, com a montagem alternada a fazer coincidir os mesmos gestos no seu seio, na sua barriga, na sua anca. Igual mas tão diferente. O mesmo corpo à vez cheio de amor e repleto de dor. Ora bonito, ora feio. Terrivelmente bem feito!
Em suma, como diz um cibernauta no IMDb, o filme é a história-tipo de vingança, mas com a actuação fascinante de Jodie e um bom realizador a fórmula torna-se interessante. Vale a pena ver.


publicado por garçon às 21:18 | link do post | comentar | favorito

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Para quem ainda não conheça, "Humoral da História" é uma rúbrica do Expresso online com cartoons da autoria do jovem talento Rodrigo de Matos. O humor simples, directo, bem delineado e incisivo, mordaz e acutilante, para rir e pôr questões. A seguir com atenção.


Protecção contra trabalhadores seropositivos


publicado por garçon às 12:11 | link do post | comentar | favorito

Quinta-feira, 22 de Novembro de 2007
Depois de rever o video de Walking In My Shoes, fiquei nostálgico e resolvi hoje ouvir um dos discos dos DM ao acaso e peguei no Black Celebration, de 1986. Canções negras, desesperadas, desoladas ou inconformadas, são todas extremamente bonitas e sempre actuais, mesmo a nível instrumental.
Eis que chega Stripped, uma das faixas mais emblemáticas deste álbum. Mal começou a rodar, lembrei-me logo da poderosa versão realizada no tributo aos DM - For The Masses, de 1998. O cover de Stripped coube aos Rammstein, que o incluíram no seu próprio disco e o promoveram com um video igualmente belíssimo.
Há quem diga que o video, composto por imagens do filme Olympia de Leni Riefenstahl (que documenta os Jogos Olímpicos de 1936 em Berlim), faz a apologia do nazismo alemão. Eu não acredito e acho que é preciso fazer uma releitura das imagens no seu contexto actual. Sobretudo, ancorando-as na canção, que diz exactamente para "tomares decisões sem a tua televisão", aludindo ao veículo de propaganda política primordial daquela época (ainda hoje). Assim, as imagens fazem todo o sentido, como alerta, apontando directamente para um exemplo do que outrora influenciou as massas sem espírito crítico.
"Deixa-me ver-te despido", o refrão, apela ao conhecimento íntimo da pessoa, da sua essência e não do que se vê por fora, que se "vestiu" por influência da sociedade. Mais uma vez, é a tentativa de compreender e ser empático.
Seja como for, as imagens são de uma beleza única - Riefenstahl foi brilhante na execução de técnicas de rodagem inovadoras e revelou ter uma grande sensibilidade estética.
No caso dos Rammstein, a montagem sincronizada com a música é excelente e alguns efeitos especiais dão o último toque, principalmente na sequência final dos mergulhos em altura, a melhor parte para mim. Apreciem:



Come with me
Into the trees
We'll lay on the grass
And let the hours pass

Take my hand
Come back to the land
Let's get away
Just for one day

Let me see you
Stripped (down to the bone)
Let me see you
Stripped (down to the bone)

Metropolis
Has nothing on this
You're breathing in fumes
I taste when we kiss

Take my hand
Come back to the land
Where everything's ours
For a few hours

Let me see you
Stripped (down to the bone)
Let me see you
Stripped (down to the bone)

Let me hear you
Make decisions
Without your television
Let me hear you speaking
Just for me

Let me see you
Stripped (down to the bone let me hear you crying
Just for me)


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Quarta-feira, 21 de Novembro de 2007
...Tenta pôr-te no meu lugar. A canção que vou apresentar é talvez a minha canção favorita para sempre. Quando a oiço, já sei quando é que me vou arrepiar, em que parte me emociono e em que parte paro para pensar.
É também a canção com um dos videos mais bonitos que já vi e que realça toda a obra musical. É um video misterioso e profundo e, se ligarmos à letra, mostra pessoas que têm medo de serem julgadas. Como eu. Desde que ouvi esta canção pela primeira vez, apetece-me apresentá-la a quem não me compreende.
É tudo uma questão de empatia. Surgiu agora a discussão em torno da campanha orgulho hetero da cerveja Tagus. A certa altura, os argumentos desviaram-se da campanha em si e concentraram-se na questão do orgulho, mais precisamente do orgulho gay. Não me quero alongar sobre este assunto. Queria apenas lembrar que o orgulho é uma faca de dois gumes. Serve para lutar mas, se se perde o tino, acaba por atingir o orgulhoso.
Quanto maior for o orgulho menor é o campo de visão e mais difícil é ver o outro lado. E isto aplica-se a qualquer das partes, pois, parece que há aqui uma rivalidade entre identidades sexuais. O ideal era baixarmos todos o orgulho e vivermos em paz, tentando conhecer os passos do estranho ao nosso lado e, se para isso for preciso, "andar com os seus sapatos" (em português, a expressão idiomática mais próxima será "vestir a sua pele").
Com a perfeita compreensão uns dos outros, poder-se-á alcançar uma união. Mas quem é que deve compreender quem primeiro e porquê? Não havendo uma resposta certa a esta pergunta, devia "ganhar" quem mais tenta compreender e não quem se fecha no seu próprio orgulho. Paradoxalmente, quem mais compreende é quem geralmente menos compreendido é. Por isso, contra a discriminação o que importa é tentar fazer compreender e uma das maneiras de chegar a bom porto é criando empatia. No fim, ganhamos todos.

"Walking in My Shoes" é o vigésimo oitavo single britânico dos Depeche Mode, posto à venda no dia 26 de Abril de 1993, e o segundo single para o álbum Songs of Faith and Devotion.



I would tell you about the things
They put me through
The pain I've been subjected to
But the lord himself would blush
The countless feasts laid at my feet
Forbidden fruits for me to eat
But I think your pulse would start to rush

Now I'm not looking for absolution
Forgiveness for the things I do
But before you come to any conclusions
Try walking in my shoes
Try walking in my shoes

You'll stumble in my footsteps
Keep the same appointments I kept
If you try walking in my shoes
If you try walking in my shoes

Morality would frown upon
Decency look down upon
The scapegoat fates made of me
But I promise now, my judge and jurors
My intentions couldn't have been purer
My case is easy to see

I'm not looking for a clearer conscience
Peace of mind after what I've been through
And before we talk of any repentance
Try walking in my shoes
Try walking in my shoes

You'll stumble in my footsteps
Keep the same appointments I kept
If you try walking in my shoes
If you try walking in my shoes
Try walking in my shoes

Now I'm not looking for absolution
Forgiveness for the things I do
But before you come to any conclusions
Try walking in my shoes
Try walking in my shoes

You'll stumble in my footsteps
Keep the same appointments I kept
If you try walking in my shoes

You'll stumble in my footsteps
Keep the same appointments I kept
If you try walking in my shoes
Try walking in my shoes
If you try walking in my shoes
Try walking in my shoes


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