Este blogue vai ficar suspenso mais uma vez mas não por falta de Internet. Agora, é o computador que teima em desligar-se. Precisa de descanso e de limpeza. Tal como o dono. O PC já tem quem lhe trate disso. O dono é que não. Tem que aguentar.
A Joana voltou de férias para minha alegria. Tive sorte nos dois últimos trabalhos. Encontrei pelo menos uma ou duas pessoas daquelas que nos dão vontade de ir trabalhar. E a Joana é uma delas. A gente compreende-se tão bem um ao outro. Hoje passámos as pausas a falar de relacionamentos. De como é tão simples e complica-se. De como se é capaz de tudo, até de reprimir ciúmes. De como as tendências se intrometem onde não são chamadas. A tendência de proteger. De evitar. De querer adivinhar o futuro. De pensar muito e agir pouco. O que é certo é que ela disse e eu já tinha pensado e vice-versa. Ela é pragmática como eu e eu gosto de pessoas pragmáticas. A conversa foi tão boa que nos rimos da nossa própria desgraça e da daqueles que nos põem assim bem dispostos porque afinal o que nós queremos mesmo é aproveitar o melhor, só, mais nada. Como disse a Joana, "porra, eu não peço que ele case comigo! Eu não quero apanhar meias do chão!" Agora, andar a comer uns e outras e dizer que connosco é que era mas... Pelo amor de Deus! Andar neste chove não molha, em nome do quê? De uma amizade especial? De um amor romantizado? (que veneno este, o romantismo! A culpa é do cinema, dizem uns; é do Walt Disney e da Cinderela, dizem outros) Res-posta a seguir: Joana dixit.
(fotografias tiradas na noite de Santo António de 2008)
LOL Esta animação é mais do que uma lolada - são várias loladas - e deve ser divulgada para que mais pessoas lolem como eu (do verbo lolar=gargalhar LOL). Divirtam-se!
- Se ao menos a Joana Vasconcelos me fizesse um corpete de renda de bilros ou uma gargantilha com latas do Bongo, o rei da selva! Não há? Pode ser Guaraná, se faz favor.
O Ípsilon deste 15 de Agosto de 2008 destaca a biografia apócrifa de Marlon Brando escrita pelo coleccionador de escândalos da elite artística americana Darwin Porter. O livro, cujo título original é Brando Unzipped, é editado em português com o nome menos sugestivo Brando Mas Pouco. Ficamos a saber que o actor deu muito uso ao seu corpo e a muita gente famosa: Burt Lancaster, Laurence Olivier, Marilyn Monroe, Marlene Dietrich, Rock Hudson, Grace Kelly, Rita Hayworth, Leonard Bernstein, Ava Gardner, Hedy Lamarr, Anna Magnani, Montgomery Clift, James Dean, Tallulah Bankhead, Ingrid Bergman, Edith Piaf...
id="BLOGGER_PHOTO_ID_5234801306347314786" /> Passo a transcrever directamente do Ípsilon o melhor teaser possível: "Nenhuma possibilidade ou impossibilidade foi excluída, este é um relato sobre os anos 1950 capaz de escandalizar os anos 2000 ao ritmo de uma revelação por página (e são 768, no total!). Pedofilia, travestismo, "fellatios" com anónimos, incesto, orgias masculinas. Se não aconteceu, podia ter acontecido - mesmo não conseguindo (ou não querendo) suspender a nossa incredulidade, admitimos que se há corpo que pode aguentar com tudo é o dele, Brando." Depois disto, só tenho a dizer que nasci na época errada e no lugar errado. Quem não gostaria de partilhar um tempo e um espaço com este "monstro de sensualidade"?
id="BLOGGER_PHOTO_ID_5234505627946387634" /> Do que eu mais gostei no Batman - O Cavaleiro das Trevas, de Christopher Nolan, foi a primeira cena e a música do princípio ao fim. Quando o filme começa e dois palhaços saltam de um andar elevado através de um slide, eu senti MESMO que ia cair. Agarrei-me à cadeira e o meu coração disparou. Aquele movimento de câmara em plano subjectivo e picado deixou-me entusiasmado para a maratona que vinha a seguir e que, afinal, se revelou mais cansativa do que eu esperava. A música é excelente e julgo-a boa para ser ouvida separada do objecto fílmico. Quanto ao filme em si, até à meta final, divide-se entre o blockbuster a que estamos habituados e a negação dos respectivos clichés. Se por um lado temos acção a alta velocidade, conspirações e violência, por outro temos tudo isso à volta de uma história demasiado complicada como se o argumento contasse alguma coisa. E se por um lado a trama policial é descrita tão depressa que faz crer que a ideia não tem importância, por outro temos um filme de heróis concebido por oposição às características do género. Se não vejamos, o romance acaba em tragédia, o vilão ganha - e é claramente o melhor e o que tem a personalidade mais vincada enquanto que o Batman é demasiado fraco para ser herói - e este é ostracizado pela sociedade. O homenageado no final é fruto de uma farsa planeada para manter a fé entre a população de Gotham City. Tudo é falso e corrupto à excepção do implacável Joker. Só este sabe o que quer e não quer nada senão mostrar ao mundo que as pessoas são más quando perdem o juízo. Felizmente, o vilão engana-se e assistimos à Humanidade dentro de dois barcos ameaçados mutuamente - um bom momento, este. No geral, o filme é muito superficial e com os principais pontos de interesse nas destruições que se vão sucedendo em edifícios, veículos e pessoas.