Apresento aqui o primeiro andamento do Concerto para violoncelo em E menor de Elgar, com a Jacqueline du Pré no violoncelo e o Daniel Barenboim na direcção. Os restantes andamentos estão também no Youtube mas, para mim, este é o mais bonito. E, lembrem-se!, faço anos em Setembro e a Amazon tem muitos discos dela à venda, incluindo caixas com todas as gravações, e eu não encontro nada nas lojas. Também me podem oferecer o biopic Hilary and Jacquie, filme baseado na biografia escrita pelos irmãos.
(Convém aumentar o volume antes de começar a ouvir porque o registo está baixo)
Conheci esta violoncelista inglesa numa manhã cinzenta a caminho do trabalho (pela Antena2, agora quase sempre sintonizada) e fiquei logo apaixonado por ela e pela obra que ouvi - o concerto para violoncelo em E menor do compositor Edward Elgar. Logo o meu dia se iluminou.
Não só o concerto é arrepiante de beleza mas também a história da intérprete cuja vida foi demasiado curta para o muito que com certeza ainda podia dar ao mundo. Parece idiota mas é inevitável que uma morte prematura eleve ainda mais a grandeza de um espírito e de uma obra. Dá pena como quando acaba qualquer coisa boa.
Citando o Wikipedia, Jacqueline Mary du Pré (1945-1987) nasceu em Inglaterra e ficou conhecida como uma das melhores violoncelistas de sempre. A sua paixão pelo concerto de Elgar, à volta da qual andou toda a vida, associou-a a este de maneira indelével. A sua interpretação deste trabalho tem sido descrita como "definitiva" e "lendária".
Em 1966, conheceu o pianista e maestro israelita Daniel Barenboim e, no ano a seguir, foi para Jerusalém, converteu-se ao judaísmo e casou com ele. Esta relação foi das mais frutíferas na música dando muitos concertos e gravações juntos.
Em 1971, a performance de du Pré começou a piorar gradualmente à medida que ela foi perdendo sensibilidade nos dedos e noutras partes do corpo. Foi-lhe diagnosticado esclerose múltipla em 1973. A doença forçou-a a deixar de tocar com apenas 28 anos e levou-a à morte prematura.
O próximo vídeo ajuda a perceber quão grande era a adoração dos franceses pelo músico de jazz norte-americano Sidney Bechet. Prova que não só este adoptou França como pátria como também o país adoptou o artista como seu.
Patricia Kaas no início da sua carreira discográfica.
A l'enterrement d'Sidney Bechet
Y avait des flûtes des clarinettes
So long Big Man.
A l'enterrement d'Sidney Bechet
Y'avait des putes et des poètes
Et des barmans.
A l'enterrement d'Sidney Bechet
Y'avait Boris et sa trompette.
A l'enterrement d'Sidney Bechet
On jouait du Jazz rue de la Huchette.
A l'enterrement d'Sidney Bechet
Y'avait des petites fleurs des pâquerettes
So long Big Man.
A l'enterrement d'Sidney Bechet
Personne n'est venu faire la quête
Pas vous m'ssieurs dames.
...
Dans un club de la New Orléans
Au paradis des musiciens
Il a sûrement une place assise
Dans un orchestre qui se souvient.
...
Joel Xavier é considerado um dos mais prestigiados guitarristas mundiais. Com apenas 19 anos venceu o Concurso Internacional de Guitarra da National Association of Music Merchants em Los Angeles e foi considerado um dos cinco melhores guitarristas do ano nos EUA.
Agora que este artista tem 35 anos, o seu novo disco, Saravá, é um trabalho de fusão entre o jazz e os ritmos afro-brasileiros gravado ao vivo no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa.
Bessie Smith (Chattanooga, Tennessee 1894 - Clarksdale, Mississippi 1937) será para sempre a denominada imperatriz do blues. Foi "descoberta" e apoiada pela cantora de blues Ma Rainey, que se tornou na sua mentora até Bessie sobressair mais do que a "professora". A Columbia contratou-a e lançou o seu primeiro disco, em 1923, com Clarence Williams no piano. Foi somando êxitos e ganhando fama e dinheiro até que a Depressão, a mudança de gostos do público e o álcool ditaram o fim da sua carreira discográfica nesta editora. Em 1937, quando estava prestes a fazer o seu comeback, então, como cantora de swing, Bessie Smith morreu esvaída em sangue no hospital para onde a trouxeram depois do acidente de viação que a vitimou. Em 1929, tinha entrado no filme St. Louis Blues, não havendo nenhum outro registo fílmico com ela. Em compensação, deixou-nos 160 discos, em que acompanhou alguns dos maiores solistas de jazz - entre outros, Louis Armstrong, Fletcher Henderson e James P. Johnson.
There's a saying going 'round and I begin to think it's true
It's awful hard to love someone, when they don't care 'bout you
Once I had a lovin' man, as good as many in this town
But now I'm sad and lonely, for he's gone and turned me down, now
I ain't got nobody and nobody cares for me
I got the blues, the weary blues
And I'm sad and lonely, won't somebody come and take a chance with me?
I'll sing sweet love songs honey, all the time
If you'll come and be my sweet baby mine
'Cause I ain't got nobody, and nobody cares for me
Este é o mais recente trabalho dos DM, aqui imaginado pelo realizador Patrick Daughters. Perturbador, mais do que a canção. Faz lembrar os tempos de ULTRA, quando eu os conheci a sério. Welcome back!
Este fim-de-semana falaram-me de um instrumento que eu desconhecia. Chama-se hang, parece um OVNI portátil e tem um som celestial semelhante ao de uma harpa. Mas em vez de ser de cordas é de percussão como um batuque e dá mais sons diferentes. É feito de metal, parece-me. Depois de o ver aqui, fiquei sem saber de onde é que o som vinha. É estranho, o que torna a música mais misteriosa conferindo-lhe qualidades de misticismo. Contaram-me que alguém inventou o hang, deve tê-lo patenteado e só é possível comprá-lo por encomenda à mesma entidade pela quantia generosa de EUR1.000. Com sorte, pode encontrar-se algum usado em bom estado num qualquer leilão virtual. Já viram e ouviram isto?
Conheci esta canção de um grupo chamado PIL na banda sonora do filme A Valsa com Bashir e agora não me sai da cabeça (por causa do Youtube e do trailer do filme). É um excelente exemplo da arte musical realizada na década de 1980 cuja sonoridade instrumental e vocal, curiosamente, se pode encontrar em inúmeras bandas emergentes com toques revivalistas. Mas o melhor ainda, é o videoclip, uma clássica performance dentro de um carro a percorrer a cidade com uma sequência (interrompo para fazer suspense e indicar que vou dizer ao que é que eu acho mais piada nele) de efeitos especiais de imagem in/out dos que eu achava o máximo quando os via no novo VHS do vizinho mas que, no fundo, não serviam para nada de útil.
The hurt's relentless
The hurt of emptiness
The hurt of wanting
The hurt of going on
The hurt of missing
The hurt is killing me
Turn my head
Off
Forever
Turn it off
Forever
Off forever
Turn it off forever
America your head's too big, Because America, Your belly's too big And I love you, I just wish you'd stay where you is In America, The land of the free, they said, And of opportunity, In a just and a truthful way But where the president, Is never black, female or gay, And until that day You've got nothing to say to me, To help me believe