id="BLOGGER_PHOTO_ID_5173684677390537442" />Como é bom recordar os bons e velhos tempos (porque os novos, ai!, que dor), relembro aquele festival mítico do Minho ao qual fui em 2003 com a minha mais que tudo Márcia. Ó pra nós (na fotografia em cima) tão felizes, os dois, praticamente sozinhos (juro que não havia mais ninguém) debaixo de uma chuva miudinha (a humidade era persistente) a conversar e a avacalhar sentados em frente ao palco secundaríssimo onde estava a tocar uma banda que, embora eu não conhecesse nem de ouvir falar e nem lhe estivesse a ligar muito naquele momento, ficou-me marcada pela forte apresentação (sem audiência, note-se) e pela música, que mais tarde ouvi com atenção em casa e, então aí, rendi-me. Era os Trash Palace. Era uma vocalista a cantar de corpo e alma (literalmente - a moça estava só de lingerie sexy). E cantava como se o recinto à sua frente estivesse cheio. E parecia não ter frio nem saber o que isso era apesar de estar um gelo. A música do álbum - Positions - (que adquiri depois) vai das faixas electrizantes até à mais melancólica melancolia. Consagra o sexo sem tabus com guitarradas eléctricas e electrónica à mistura ("Sex on the Beach") e faz hinos ao amor doce com melodias tão suaves como as de uma harpa ("Your Sweet Love"). Tem a vantagem de reunir vozes convidadas, como as de Brian Molko e Asia Argento, que fecham o alinhamento do disco com um surpreendente Je T'aime Moi Non Plus (de facto, este tema tem um potencial ilimitado para versões; recordo a excelente recriação, em inglês, por Cat Power e Karen Elson).
Como diria António Nobre - que eu ando a ler: Não tendo presente, muito menos futuro, Pois que é esse o meu triste fado, Só me resta nesta Torre, no escuro, Viver com os fantasmas do passado.
Your sweet love, your sweet love Is holding me, is touching me Your sweet love, your sweet love Is watching me, is kissing me
Everytime I see you smile It makes me hope, and I go wild Holding, feeling, touching, dreaming
I lay down and think of you Imagining the things we'll do The things we'll do...
O princípio musical da próxima é lindo. Faz-me viajar pelo espaço, entre as estrelas ou só com a Lua Cheia...
Oh my baby baby I love you more than I can tell I dont think I can live without you And I know that I never will Oh my baby baby I want you so it scares me to death I cant say anymore than I love you Everything else is a waste of breath
I want you Youve had your fun you dont get well no more I want you Your fingernails go dragging down the wall Be careful darling you might fall I want you I woke up and one of us was crying I want you You said young man I do believe youre dying I want you If you need a second opinion as you seem to do these days You can look in my eyes and you can count the ways I want you Did you mean to tell me but seem to forget I want you Since when were you so generous and inarticulate I want you Its the stupid details that my heart is breaking for Its the way your shoulders shake and what theyre shaking for Its knowing that he knows you now after only guessing I want you Its the thought of him undressing you or you undressing I want you He tossed some tatty compliment your way I want you And you were fool enough to love it when he said I want you I want you The truth cant hurt you its just like the dark It scares you witless But in time you see things clear and stark I want you Go on and hurt me then well let it drop I want you Im afraid I wont know where to stop I want you Im not ashamed to say I cried for you I want you I want to know the things you did that we do too I want you I want to hear he pleases you more than I do I want you I might as well be useless for all it means to you I want you Did you call his name out as he held you down I want you Oh no my darling not with that clown I want you Youve had your fun you dont get well no more I want you No-one who wants you could want you more
I want you Every night when I go off to bed and when I wake up I want you I want you Im going to say it once again til I instill it I know Im going to feel this way until you kill it I want you I want you
Para marcar o meu dia de São Valentim (sozinho), aqui fica uma canção que define muito bem como deve ser o amor: Mais actos do que palavras. Mais conchego e calor era o que eu gostava de ter neste dia mas, enquanto isso não chega, contento-me com o imaginar ao som desta linda melodia.
I don't know if I love you Or if it's all in my head I don't know if I love you Though I know it's what I said
Cuz love is something I don't understand Can't explain, I can't hold in my hand But I'll stay here tonight And I'll keep the flame alight But let's not talk about love
I don't know if I love you Though I feel some pain I don't know if I love you Or if I'm playing the game
Cuz love is something I don't understand Can't explain, I can't hold in my hand But I'll stay here tonight And I'll make you feel alright But let's not talk about love
If I gave you my heart, would you give yours to me? If I made a proper start, would you take me seriously? If I wait for the right moment, would you say yes to me? If all my friends desert me, would you be there for me? Will you please be there for me?
When I'm coming down there are buzzes in my ears I can feel them floating around All the walls are shaking 'Cause they were never real Sweet to see things falling apart Help me I'm merging into all I used to dream I was this small And my new eyes opening up to black and gold Everything is turning out the same Same same same same same same same same...
"Olha que as noites do Trumps são únicas", preveniram-me antes de eu ir para lá, no sábado passado. E a pessoa que o disse tinha razão. Esta foi especialmente reveladora. Primeiro, encontro o rapaz de 21 anos (a idade importa) que andou um mês a moer-me a cabeça porque queria algo sério e que gostava muito de mim e tinha saudades minhas (quando se lembrava, digo eu). Eu sempre o apoiei o melhor que pude e tentei mostrar que estava em sintonia. Não me devo ter exprimido bem porque, além do silêncio que eu finalmente permiti que se interpusesse entre nós durante dias (deixando de ser sempre eu a enviar sms, a combinar encontros e a preocupar-me com o menino), ao ver-me no Trumps apenas disse "Olá, tudo bem?" e continuou a dançar com a amiga como se eu já não estivesse ali. Esperei uns segundos, parado no meio da pista à frente dele, reflectindo sobre o que estava eu ali a fazer. Felizmente, o bom senso pode tardar mas não falha e fui ter com os meus amigos e ponto final neste assunto. Ele que ligue quando quiser porque eu tenho uma vida para gerir. Mas o mais hilariante ainda veio depois. Na pista de fumo (perceberam? Sala de fumo->pista de fumo), estava a comentar o sucedido com o meu amigo, eis senão quando levanta-se da cova um homem que eu já devia ter enterrado definitivamente mas NãããO..., porque eu gosto de sofrer, é o que é. Também foi daqueles que me parecem corresponder num dia e no outro é o silêncio até qualquer dia (sim, porque eles voltam sempre nem que seja para assombrar). Como eu gosto de saber tudo e de explicar tudo quanto possível, perguntei-lhe (note-se que ele é que veio ter comigo): Porque é que nunca mais me disseste nada? A resposta foi novamente silêncio, mas desta vez entre um encolher de ombros e aquele sorriso sacana que quase me tira o bom senso. Nisto, ele pega no telemóvel e vai à agenda (mesmo à minha frente de modo que eu via). Cena hilariante n.º 1: ele já está na agenda, hesita, olha para mim com aquele ar de já fiz merda mas sempre a sorrir diz: Desculpa lá, mas como é que te chamas? Eu não acredito que não te lembras, ripostei eu em tom aborrecido mas com vontade de gargalhar um pouco. Cena hilariante n.º 2: eu já lhe disse o meu nome, ele vai directamente ao meu n.º e mostra-mo orgulhoso da sua proeza. Se tivesse ficado por aqui se calhar até lhe tinha perdoado a falha de memória (a gente sabe que com uns copitos isso pode acontecer e afinal ele até ainda tinha o meu n.º gravado). Só que, depois da minha confirmação, achou por bem justificar-se esfregando-me na cara as dezenas de contactos que tinha no telemóvel com o primeiro nome igual ao meu. Percebi, então, que ele não tem necessidade de apagar números porque tem uma agenda com capacidade ilimitada. Depois perde-se lá dentro, tadinho. Imagino, se o pai se chama Pedro, já não deve falar com ele há milhares de anos... Antes de se afastar deu-me um beijo na cara. Mas porquê? Para me deixar mais atrofiado do que já sou? O que vale é que a história entre nós dois já se passou há muito tempo e não restam senão boas e más recordações. Apenas recordações. Por outro lado, devo estar no auge da minha beleza (tenho que aproveitar agora ou nunca) porque, meninas e meninos, eu nunca fui tão assediado numa só noite. Foi bom para me sentir poderoso e mandar os outros dois à merda sem medos. Foi mau por não ter querido corresponder aos assédios de que fui alvo. Torna-se chato quando isso acontece. De seguida vou apresentar uma canção que se cola aos dois falecidos (um deles morto pela segunda vez) mas também a mim. Porque, se eu creio (mesmo que seja só porque eu queira, cada um acredita naquilo que quiser) que eles não tiveram coragem para tentar e amar-me, admito que o mesmo se passa comigo em relação a amigos que tenho no meu coração e tenho medo de misturar os sentimentos todos e fazer uma grande confusão magoando quem eu menos quero que se magoe. Enfim, a canção chama-se Strong Enough e é cantada pela sensual Sheryl Crow num dos melhores álbuns do início de carreira.
God, I feel like hell tonight Tears of rage I cannot fight I’d be the last to help you understand Are you strong enough to be my man?
Nothing’s true and nothing’s right So let me be alone tonight Cause you can’t change the way I am Are you strong enough to be my man?
Lie to me I promise I’ll believe Lie to me But please don’t leave
I have a face I cannot show I make the rules up as I go It’s try and love me if you can Are you strong enough to be my man?
When I’ve shown you that I just don’t care When I’m throwing punches in the air When I’m broken down and I can’t stand Will you be man enough to be my man?
Lie to me I promise I’ll believe Lie to me But please don’t leave
No mês de Dezembro, fui a dois funerais de família. Como eu não me ligo muito à família afastada e nestas coisas tento ser ainda mais frio do que sou, os acontecimentos não me afectaram demasiado a não ser pelas viagens e pelo desgaste físico. No entanto, é sempre a altura em que se pensa na morte e na vida e no que andamos a fazer e no que não fazemos enquanto o tempo passa, muito dele desperdiçado. Não sei se é por estar a chegar aos 30 anos mas, tenho medo de estar a perder tempo e de chegar ao fim da vida (que pode ser amanhã) sem ter feito metade das coisas que gostava de fazer. Alguém disse que era impossível, mesmo vivendo cem anos ou mais, realizar todos os nossos objectivos. Quanto mais os sonhos! Também tenho medo de morrer sozinho. Este é um medo que alguns amigos meus também já partilharam comigo em conversas passageiras. É o meu maior medo em relação à morte, à frente do medo de uma morte dolorosa. Todavia, não sei se tenho mais medo de morrer sozinho do que de viver sozinho. Porque a hora da morte, por mais prolongada que seja, não se pode comparar com os anos de vida passados e por passar. Viver pode ser uma angustiante sequência interminável de segundos que só se esquece em boa companhia. Só com alguém que nos respire e que respiremos é que o tempo passa sem darmos conta e cada segundo vale mais do que muitos anos de vida solitária.
Não segui toda a série dos Sete Palmos de Terra nem vi o último episódio. Mas espero ver um dia, até porque acredito que uma série como esta não morrerá nunca. O video que se segue reflecte parte do meu estado de espírito dos últimos dias de 2007 contido também na música e letra lindíssimas do tema Breathe Me com a voz igualmente doce e triste de Sia.
Help, I have done it again I have been here many times before Hurt myself again today And, the worst part is there's no-one else to blame
Be my friend Hold me, wrap me up Unfold me I am small I'm needy Warm me up And breathe me
Ouch I have lost myself again Lost myself and I am nowhere to be found, Yeah I think that I might break I've lost myself again and I feel unsafe
Be my friend Hold me, wrap me up Unfold me I am small I'm needy Warm me up And breathe me
Be my friend Hold me, wrap me up Unfold me I am small I'm needy Warm me up And breathe me
Robert para a princesa Giselle no filme Enchanted.
Nothing Really Ends - dEUS
The plan it wasn't much of a plan I just started walking I had enough of this old town had nothing else to do It was one of those nights you wonder how nobody died we started talking You didn't come here to have fun you said: "well I just came for you" But do you still love me? do you feel the same Do I have a chance of doing that old dance with someone I've been pushing away
And touch we touched the soul the very soul, the soul of what we were then With the old schemes of shattered dreams lying on the floor You looked at me no more than sympathy my lies you have heard them My stories you have laughed with my clothes you have torn
And do you still love me? do you feel the same And do I have a chance of doing that old dance again Is it too late for some of that romance again Let's go away, we'll never have the chance again
You lost that feeling You want it again More than I'm feeling you'll never get You've had a go at all that you know You lost that feeling so come down and show
Don't say goodbye let accusations fly like in that movie You know the one where Martin Sheen waves his arm to the girl on the street I once told a friend that nothing really ends no one can prove it So I'm asking you now could it possibly be that you still love me? And do you feel the same Do I have a chance of doing that old dance again Is it too late for some of that romance again Let's go away, we'll never have the chance again
I take it all from you I take it all from you I take it all from you I take it all from you
Tal como tinha prometido, Sweet Sadness arranca hoje n'O Costume para fazer cortar os pulsos, chorar ou libertar a mágoa que sobrar. Nada melhor para começar do que o homem que me inspirou o nome desta rubrica: Perry Blake. Amo este cantor irlandês agridoce desde o primeiro dia em que chegou aos meus ouvidos (e sentidos). Tenho comprado tudo o que tem editado e visto muitos dos concertos que deu em Portugal até agora.
O video que se segue foi gravado ao vivo em acústico e presenteia-nos com duas canções do seu álbum The Crying Room. Para mim, faz muita falta o piano, que ele toca como se fizesse uma operação muito delicada de vida ou morte. Recomendo que se ouçam os originais para ver a diferença, principalmente na segunda, If You Don't Want Me, que eu prefiro ouvir no disco. A primeira chama-se Blue Sky Calling. Esta tournée também passou em Lisboa, no bar Santiago Alquimista, e eu assisti.
Bring me to a place To a place that I love Bring me to a town To a town that I know Where the blue sky calls me Blue sky calls me home Home
Sing me a lullaby That will keep me from harm And in that lullaby May I always find calm There's a blue sky calling Blue sky calling me home There's a blue sky calling Blue sky calling me home Home.... Home.... Home.
Clueless we soldiered on Stillborn to worlds unknown People who've never been They cry no tears at all
If you don't want me Let me know If you don't need me Then let me go If you don't love me anymore Then you don't love me any less
Clear skies were never mine Dark clouds are all I've known That people who've never seen True love could only know
If you don't want me Let me know If you don't need me Then tell me so If you don't love me anymore Then you don't love me any less
If you don't want me Let me know If you don't need me Then let me go If you don't love me anymore Then you don't love me any less